O uso das mídias sociais vem se tornando cada vez
mais popular e disseminado no Brasil. Desde o aparecimento do Orkut, que
atualmente não mais existe, até o surgimento do Twitter e do Facebook, pessoas
de todas as idades, níveis sociais, gêneros, religião, ideais políticos,
utilizam essas ferramentas para os mais variados fins - de contatos
profissionais a paquera, divulgação de portfólio a bate-papos com os amigos,
divulgação de promoções, divulgação de produtos, divulgação de lançamentos e
novidades e demais ações e interesses. Não podemos deixar de mencionar também o
Linkedin, voltado para divulgação de perfis profissionais e busca de novos
contatos, oportunidade de emprego e carreira.
No
trabalho, com o acesso à internet, o uso das mídias sociais para fins pessoais
continua e pode se tornar um fator de queda de produtividade. Mas, será que o
caminho certo para os empregadores é simplesmente proibir a utilização desses
meios durante o expediente?
Segundo
pesquisa da Manpower, empresa de recursos humanos, as companhias brasileiras
são as que mais têm políticas sobre o uso de mídias sociais no trabalho. De
acordo com o estudo, 55% das empresas no Brasil têm alguma política nesse
sentido, contra apenas 20% na média global. No País, a pesquisa mostra que o
setor de finanças é o que mais controla os empregados (81%), seguido de
transportes (65%) e administração pública e educação (58%).
Ao
examinarmos os motivos que levam as instituições brasileiras a adotar a
regulamentação, podemos notar que o foco está no gerenciamento de riscos, não
na maneira como elas podem aproveitar as ferramentas em benefício dos
empregados e do negócio. Tal abordagem das mídias sociais pode se mostrar
equivocada.
Uma
política proibitiva ignora todo o potencial das ferramentas. É certo que o
crescente uso dessas redes traz desafios para o gerenciamento de imagem das
organizações, que provavelmente precisarão exercer algum controle, mas elas
também apresentam uma nova gama de possibilidades para construir uma empresa vencedora.
Proibir não é o melhor caminho, pois as redes sociais podem ser úteis em manter
os colaboradores engajados, gerar acessos ou atender melhor aos clientes, mas
elas também apresentam uma nova gama de possibilidades para construir uma
empresa vencedora.
No mundo
todo, o número de empresas que controlam as redes sociais é consideravelmente
menor do que no Brasil. As Américas apresentam uma média de 29% de instituições
que dizem controlar as redes sociais: no México, 29%, Canadá, Costa Rica e
Guatemala, 27%, Argentina e Peru, 26%, Colômbia, 25%, e Estados Unidos, 24%.
Na Ásia e
no Pacífico, a média de empresas com políticas de comando fica em 25%: China,
33%, Nova Zelândia, 32%, Austrália, 31%, Hong Kong, 27%, Japão, 25%, Taiwan,
23%, Cingapura, 14%, e Índia, 11%.
Europa e
África apresentaram a menor média de controle, apenas 11%. Na Polônia, apenas
1% das empresas tem políticas nesse sentido, na França, 2%, Áustria e República
Tcheca, 4%, Alemanha e Suíça, 6%, Bélgica, Romênia e Suécia, 7%, Grécia, Itália
e Espanha, 10%, Hungria e Noruega, 11%, Holanda, 13%, Irlanda, 15%, Reino
Unido, 22%, e África do Sul, 40%.
Mas a
ausência de políticas para o uso das mídias sociais, como vemos em muitos
países, se mostra bastante prejudicial às empresas. Esses meios de comunicação
estão presentes na vida e no dia a dia do
trabalhador, e podemos dizer que é inútil simplesmente ignorá-los. Assim, é
necessário criar maneiras de utilizar as ferramentas de modo inteligente e
vantajoso, e não proibir ou ignorar o seu uso.
Uma dica
importante para o uso produtivo das mídias sociais em empresas é que os
colaboradores sejam desafiados a inovar. Eles devem ser incentivados a criar
novas maneiras de usar as ferramentas para melhorar seu trabalho. É importante
estar atento aos especialistas da equipe, deixando-os assumir a tarefa de lidar
com as mídias.
Dessa
maneira, as mídias sociais podem ser úteis na divulgação de novos produtos e
serviços, em pesquisas de satisfação com clientes e para passar dicas de
utilização de serviços, entre outras inúmeras funções.
A base de
qualquer rede social saudável é o comprometimento dos usuários. Assim, os
empregados devem ajudar com o desenvolvimento e implantação da rede, promovendo
a confiança nos objetivos instituídos. Dessa maneira, se as empresas estiverem
preparadas para adotar as mídias sociais - e não simplesmente proibi-las - pode
gerar benefícios consideráveis.
Fonte: Diário do Comercio e Indústria, 27.04.2010.
Observe que era uma grande preocupação das
empresas, o uso exagerado das mídias sociais ou redes sociais, durante o
expediente de seus funcionários. De 2010 para cá, pode-se notar que a tendência
das próprias empresas era em tirar proveito dessas mídias e usá-las como meio
de pesquisas e divulgação. Elas passaram a utilizá-las como meio de divulgação
de produtos, marcas, lançamentos, promoções etc., e algumas foram mais longe,
como meio de Marketing de Relacionamento para coletar informações de seus
consumidores, onde podiam avaliar o grau de satisfação com a empresa, além de
pesquisarem sobre hábitos e necessidades de seus clientes e a imagem que a
empresa possui junto ao mercado. Dessa forma, poderiam melhorar seu
relacionamento com o mercado, através de informações rápidas, podendo elaborar
um plano de ação imediato.
Também devemos salientar que
está havendo uma utilização dessas mídias, cada vez mais constante pelos
departamentos de recursos humanos e as consultorias de RH, principalmente o
LINKEDIN, no recrutamento e seleção de profissionais para ocupar vagas
disponíveis nas empresas, além da divulgação de oportunidades.
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